Se você não tem uma verba para fazer alguma coisa além do patrocínio, não faça. Além disso, você precisa ter uma visão clara do que a empresa faz. Se não tiver, também não faça o patrocínio.
A frase acima é de Hans Erik, diretor global de marketing da Heineken, uma das empresas que melhor trabalham o marketing esportivo em todo o mundo. Não é a toa, afinal, eles sabem do que estão falando.
Nós concordamos em gênero, número e grau com a Heineken. Patrocínio esportivo é uma ferramenta de marketing que deve e pode ser usada para contribuir não só com a construção da marca, mas principalmente com os objetivos de negócio de uma empresa. Muitas vezes vemos casos em que não acontece nem um, nem outro.
Quando um patrocínio não entrega resultado, seja para a marca, seja para o negócio, o mais comum é que a propriedade patrocinada (atleta, clube, campeonato, evento etc.) sirva de bode expiatório e absorva todas as culpas, mas, via de regra, o buraco é mais embaixo.
O fato é que a decisão de patrocinar A, B ou C sempre deveria estar calcada na estratégia do negócio e da marca, tendo como objetivo não só a visibilidade pura e simples. Até porque em uma realidade onde a atenção das pessoas é cada vez mais disputada, quem é que tem tempo e foco para prestar atenção nas marcas que estão simplesmente estampadas em um uniforme? É preciso ir além para fixar essa associação na cabeça do consumidor, e melhor ainda se esse além já estiver planejado antes da decisão ser tomada.
Pensando nesses princípios, não é a toa que justamente a Heineken foi capaz de criar um link entre o patrocínio à Champions League e a seleção de estágio da empresa. Um ótimo exemplo do que é possível fazer a partir de uma estratégia inteligente de marketing esportivo.
frase via Blog do Erich Beting